sábado, 23 de abril de 2011

Relacionamentos

        Há muitas formas e motivos de relacionamentos nos dias de hoje.
        Desde os mais superficiais até os mais profundos começados em um bar, em uma sala de bate papo na internet.
        Há o relacionamento de pai e filho, marido-mulher, entre irmãos, colegas de aula, de rua, de atividade física, há amigos de minutos que deixam lembranças eternas e de amigos que se foram e a gente nem lembra mais com o passar do tempo.
        Mas não são destes relacionamentos que quero escrever, quero comentar um outro relacionamento o profissional, que pode ser entre profissionais da mesma área e entre o cliente e o profissional.
        É deste último que quero comentar.
        Quando um cliente vai em busca de um médico chega fragilizado e com a nítida sensação de que somente ele tem uma doença gravíssima e que o médico tem o poder de resolvê-la com uma conversa ou alguns comprimidos.
Na realidade o relacionamento com o médico começa na infância quando a mãe diz ao filho: - Vou contar pro teu pai, ou – Vou te levar no médico e ele vai te dar uma injeção pra tu parar quieto.
        Ai como pensa que esta pessoa chega a frente do médico?
Temos que entender que as coisas ditas na infância são para a vida eterna, amamos nos pais porque fomos educados que eles seriam, e são, as melhores pessoas que teremos ao longo de nossos dias, mas o médico é o cruel que embora cure a doença a faz de uma maneira traumática.
Quando a criança chora do consultório médico a mãe, que normalmente acompanha a criança, diz o que? – Ele não vai te fazer nada de mal ele é bonzinho.
Mas que bonzinho é este que quer que a criança faça uma série de coisas que ela não está a fim de fazer: Abre a boca, coloca a língua para fora, respira fundo, etc e muitos etc e tal.
Ai na idade adulta ele vai ao médico cheio de angustia, de duvidas e pensando que o médico tem todo o tempo do mundo só para ele.
Infelizmente a realidade do médico não é essa.
Nos dias de hoje o médico por uma questão financeira necessita ter vários locais de trabalho com uma carga horária sempre muito além do aceitável, para receber um valor próximo do que ele sonha como justo por seu trabalho.
São horas seguidas de plantões nos mais diversos serviços médicos onde nem sempre tem as melhores condições de repouso, de alimentação e de condição de trabalho.
Neste momento começam os problemas o médico com uma fila de clientes para atender e como ter tempo para ouvir todas as histórias do cliente, muitas delas importantes no diagnóstico, mas que pelo tempo nem sempre é possível assimila-las ou se quer ouvi-las.
        Outra vez volta a pergunta: De quem é a culpa?
        Se o médico da a atenção devida a um cliente falta a outro, logo quem esta esperando pelo atendimento fica mais ansioso ainda para a sua consulta e ao começar já vem com mais um problema para resolver.
        Portanto o que nos falta é tempo para podermos nos relacionar com o mínimo de respeito conosco mesmo e com nossos clientes.
        Precisamos pensar que só temos esta oportunidade de viver e portanto procurar vivê-la intensamente o dia de hoje que é o dia mais importante de nossas vidas.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Quando será?

           Quando criança foi nos ensinado o respeito as leis, aos mais velhos , as instituições, e por ai vai a algumas coisas que formaram nossa personalidade.
            Os pais mesmo que trabalhassem e todos trabalhavam tinham tempo para seus filhos, tinham prazer em voltar para casa e conviver com eles e nunca estavam suficientemente cansados para não dar atenção a um filho, a auxiliá-lo nas tarefas da escola.
            Com a graça de Deus me criei assim, assim foi minha infância e meu pai e minha mãe sempre trabalharam fora de casa porque se não fosse assim não teríamos as condições que tínhamos.
            Hoje vejo as crianças serem levadas as “escolas” desde a mais tenra idade convivendo com os pais somente o período da noite e os fins de semana.
Será que esta criança tem a mesma atenção de uma mãe, de um pai?
Será que ela vai se desenvolver emocionalmente com o mesmo carinho com a mesma vontade de estar com seus pais?
Sou médico, não sou psicólogo nem psiquiatra para ter instrumentos para entender a mente humana. Sou um humano só.
Sinto tanta falta de meus pais, seria tão bom se eles ainda estivessem comigo, vivi com eles intensamente alguns anos de minha vida, mas sinto que eles poderiam estar aqui para conversarmos.
Apreendi tanto com meu pai com sua simplicidade com sua pouca cultura intelectual, mas com sua grande experiência de vida, que parecia que tinha vivido cem anos.
Meu pai me deixa hoje um vazio tão grande que sempre que posso comento com os jovens de hoje, a importância de eles valorizarem seus pais.
Sempre que eu voltava para casa, a hora que fosse eu ia ao encontro de meus pais e dizia a eles boa noite cheguei estou bem e vocês?
Qual jovem faz isso?
Sempre que sai, mesmo depois de formado quando voltei para casa eu dizia aonde ia à rota de minha saída, nunca tive motivo de esconder onde estava nunca tive receio de meu pai ir onde eu estava.
Qual pai hoje sabe onde seu filho esta, e agora tem o celular. Qual filho diz aonde vai a sua família?
Precisam preservar sua liberdade de jovens, não podem ser molestados com coisa poucas.
Depois quando os filhos encontro na rua parceiros mais interessantes que a família não há caminho de retorno.
Porque o amigo da rua tem atrativos maiores que os do lar.
Os pais sabem com quem andam seus filhos?
Será que o amigo é realmente honesto? Quais os vícios da companhia dos filhos quais são?
Será que precisam ir buscá-los em uma delegacia de policia? Em pronto socorro? Ou em uma boca de “fumo”?
Com quem eles foram parar lá?
Talvez eu esteja muito velho para os padrões atuais.
Mas não entendo como uma família pode ter filhos nos padrões atuais.
Será que sou tão “careta” assim?
Não sei, mas com toda a certeza se a família voltar a ser a família de antes, se os valores voltarem a ser os de antes quem sabe se não teríamos uma sociedade mais humana.
Problemas sempre houve filhos rebeldes também, mas como hoje sinto muito não.
Será que este avanço é o que queremos para nossas vidas?
Precisamos voltar ao lar voltar a Deus.
Quem sabe se usando este período da páscoa, que significa passagem, mudança de uma vida possa, mudar para uma vida de amor, de compreensão, de respeito entre os membros da família.
Porque a vida em sociedade começa no lar, o lar é a célula da sociedade honesta, com responsabilidade.
Que possamos mudar sempre porque o mundo esta em constante mudança e evolução, mas nunca perder o respeito, o amor e a honestidade.

domingo, 10 de abril de 2011

De quem é a culpa?

           
         Vamos comentar um assunto da área da saúde e que interessa a todos.
 Porque os prontos atendimentos estão sempre lotados?
 Em primeiro lugar pela ineficiência dos postos de saúde existentes nos bairros dos municípios, um cliente que se dirija a um deles para atendimento pode encontrar um médico com a maior das boas vontades de resolver o caso do cliente, mas e porque não resolve?
 Porque medicina hoje não se faz só com estetoscópio e esfignomanometro e com ouvir o paciente e fazer um bom exame clinico.
 Não se faz medicina como se fazia quando eu me formei, há 30 anos atrás. Não havia tantos processos jurídicos como hoje e não havia tantas opções de exames complementares para a elucidação do diagnóstico.
 Hoje para darmos um diagnostico ao cliente precisamos ter certeza do que estamos fazendo e ancorados em provas que não deixem margem para discussão jurídica.
 Bem mas e não há exames de complementação diagnóstica nos postos de saúde?
 Ai já há outro problema, o posto de saúde já foi saúde da família agora é outra denominação, mas a solução do problema ele não trás.
 Um cliente num posto de saúde que precise de um simples Raio X ou um exame de laboratório terá esse exame feito no dia seguinte?
 Com a mais absoluta certeza não. Ocorre que o cliente vai a um pronto atendimento destinado a atender casos de urgência e emergência para resolver seu problema que o posto de saúde não resolve e a urgência, e quem sabe até a emergência, ficam a esperar que seja atendido o cliente que deveria ter sido atendido no posto de saúde e lá ter resolvido seu problema.
 A falta foi do médico lá do posto de saúde?
 Não foi do poder publico que construiu o posto de saúde ou usou o salão paroquial para montar um posto ou mesmo uma sede de uma associação de bairros para instalar um médico e uma secretaria e dizer que ali tem um posto de saúde, mas tem uma placa com nome da autoridade que realizou enorme bem a população carente.
 Mas e os exames de complementação diagnóstica são encaminhados para onde? Quem se responsabiliza por eles? Quando serão feitos?
 Mas o posto de saúde está inaugurado e funcionando explicam as autoridades.
 Então de quem é a culpa?
 Será que só inaugurar um posto de saúde resolve o problema da saúde no país?
 Com toda a certeza não, enquanto medidas para que o atendimento seja completo os prontos atendimentos continuarão lotados de clientes que poderiam ter seus problemas resolvidos lá junto a sua moradia.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O começo

Estimulado por um grande amigo, tomei coragem e resolvi vir para o mundo virtual onde muitos se encontram e muito se apreende.
O estimulo dos jovens faz, a nós que temos mais idade, de buscar coisas novas, desafios novos.
E antes disso acho que nós devemos é dividir as nossas experências para termos um mundo mais justo, afinal se observarmos o que já foi feito antes e verificarmos o que podemos aproveitar para nós, poderemos errar menos, e com isso usar melhor nosso tempo para sermos mais felizes.
O mais quero neste espaço é conversar sobre os mais diversos temas no que se refere a viver, no meu modo de ver, sendo mais feliz.
Tenho muito consciente comigo que estamos aqui de passagem e precisamos usufruir deste espaço da melhor maneira possivel, e por que não usar a experiência de quem ja viveu antes de nós para cometermos erros novos.
É este o meu grande objetivo, não um blog de autoajuda, nunca, quem sou eu.
Apenas um profissional que está no mercado há mais de 30 anos como médico, vindo de uma familia humilde que conquistou seu lugar ao sol vivendo profissionalmente na mesma cidade em que nasceu, o que é muito dificil de ocorrer, o retorno para a casa paterna após a saida de uma universidade.
Ao longo deste período também foi me dado o privilégio de lecionar em curso superior, educação física, as cadeira da área da saúde, onde apreendi um pouco da arte de lecionar e tive a oportunidade de conviver com colegas professores e alunos que me fizeram modificar minha linguagem para podermos nos comunicar, tive que entender o jovem.
Agradeço muito a eles a oportunidade de ter crescido muito como ser humano, espero ter podido transmitir um pouco do que a vida me ensinou, e este o meu objetivo aqui.
Talves um dia fale de medicina, mas nunca será um tratado médico uma discussão de tese de procedimento, será o lado humano do médico, do familiar do médico, da impotência do médico frente ao seu maior inimigo, a doença, às vezes a doença física, muito bem diangosticada através de exames de complementação diagnóstica, mas na maioria das vezes das doenças da alma, da imcompreensão humana.
Somente Deus não erra, nós todos ja erramos e erraremos muito principalmente se pensarmos que sabemos tudo.
É um prazer poder apartir de agora poder escrever, exercer esta arte de encontrar letras formar palavras exprimir pensamentos, meus e saber que em algum lugar alguém leu, alguns gostarão outros nem tanto e outros ainda odiaram.
Que importa Deus não agradou a todos, não seria eu um pobre mortal que teria esta pretensão.
Amigos nunca esqueçam: A vida é uma avenida de duas mãos, numa vai e na outra vem. No lado do vem vamos receber a resposta de nossas ações enquanto estavamos indo.
Até a proxima.