Se duas pessoas não são iguais nos relacionamentos entre elas, imagine entre três pessoas então como é diferente.
Mesmo que duas pessoas tenham a mesma formação acadêmica, não têm a mesma formação familiar mesmo que fossem gêmeos uni vitelinos porque são dois seres.
Mas não temos como não escapar a comparação de relacionamentos.
Dois profissionais médicos têm cada um sua forma de conversar com seus clientes, deixando neles mais segurança, otimismo, e amor.
Um tem o relacionamento eminentemente profissional onde não explica a seu cliente nada além do mínimo necessário para o entendimento deste de sua doença. Este leva segurança somente por se saber de sua competência e nada mais. A frieza de seu relacionamento gera insegurança e medo.
Outro demonstra ao seu cliente toda a atenção com explicações que fazem com que o cliente e seus familiares se sintam seguros embora as informações sejam aquelas que ninguém quer saber.
O tratamento da doença não pode ser encarado como a cura dos sintomas simplesmente.
A doença leva a uma fragilidade não só física, mas principalmente emocional do cliente e da família como um todo.
Não podemos pensar em tratar a doença somente no seu aspecto patológico de sintomas frios: dor, febre, edema, impotência funcional e tantos outros sintomas. Temos que pensar no mais importante em uma pessoa na sua situação de ser humano fragilizado, carente e que necessita de um colo do profissional que o trata.
Devemos pensar um pouco mais além da simples cura do quadro clinico da doença, pensar com o coração, agir com o coração, e falar ao coração do cliente e da família.
Ao longo de meus 30 anos de formado médico apreendi que a grande doença das pessoas, lógico além da física, é a doença do espírito da carência de relacionamentos.
Muitos clientes necessitam de um bom dia, de um sorriso de recepção, de como o senhor(a) está?
Mas nós na nossa pressa de atender mais, de cumprir a agenda, de errar menos, vamos direto a que exames o senhor(a) trouxe, e ouvimos poucas palavras e vamos a solicitação interminável de exames de complementação diagnóstica para nos protegermos dos possíveis erros.
Cada vez solicitamos exames mais complexos, que encarecem os custos na complementação diagnóstica, e nos afastam do dialogo com o cliente onde muitas coisas poderiam ser descobertas e ser mais bem avaliado sem a necessidade de tão complexos exames.
Quem sabe se apreendemos com o segundo modelo de relacionamento médico comentado no qual o profissional pode até não ser o mais competente, o mais sábio, mas com toda a certeza será o mais querido pelo cliente, pela família, admirado e amado, afinal já temos tantos motivos para as pessoas não gostarem de nós porque não sermos mais simpáticos e queridos de nosso cliente que se encontra tão fragilizado.
Ola amigo Acosta.
ResponderExcluirConcordo plenamente com você, necessitamos antes de sermos profissionais sermos seres humanos. Nos colocar no lugar do outro, esse valor que se esquece nos dias atuais é a diferença necessária tanto nas relações paciente e médico como nossas relações pessoais. Parabéns por mais um assunto interessante abordado por teu blog o qual acompanho com prazer.